sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Deixamos de ser um só..


e nos tornamos meros desconhecidos. Fomos do tudo para o nada. E eu sei que você está seguindo em frente, que está reconstruindo sua vida. Você parece estar feliz, parece que o fato de eu ter me afastado de você não te tocou tão fundo quanto eu imaginei que tocaria. Aliás, acho que nem tocou. Você é tão indestrutível. Não sei por que um dia eu pensei que poderia mudar esse seu jeito. Não sei por que um dia eu pensei que comigo tinha sido diferente. Dói tanto constatar que você foi o único que me fez sentir desse jeito e eu fui só mais um rostinho meigo que te divertiu por algum tempo. Odeio te ver tão bem sem mim, tão feliz. E não é como se eu quisesse te ver infeliz. Porque você pode ter certeza que eu daria a minha felicidade pela sua. Por mais que eu tente não consigo pensar em outra pessoa que não seja você, quando vejo um filme de romance, nem consigo parar de me identificar com algumas músicas por causa do que você me faz sentir. Pois é, eu me torturo com isso. Mas chega, não é? Estamos no início de um ano novo e eu não quero passar esse ano pedindo que tudo se encaixe de novo, é que eu tenho essa mania de tentar resgatar o que a gente já perdeu. Mas deixa pra lá. Ano novo, vida nova.. Mas é que isso é estranho. Acho que no final era amor, mesmo que apenas da minha parte, sabe? Porque apesar de tudo, eu só desejo flores na sua vida. Eu… só quero que você seja feliz. De verdade. E que, de alguma forma, eu permaneça na sua memória.

Dói sabia ?

Dói dum jeito insuportavelmente mas vai passar, sei que é clichê vai passar. Pode não ser agora, mas vai … essa dor é horrível, é como uma queimadura, arde no começo, chega até a queimar, mas então, como as queimaduras, vai chegar uma hora que vai sarar. Dói, depois não, tenho certeza, aliás… Agora, eu quero sair daqui, esse seu corpo maldito que faz com que a alma doa junto a ele. Quero também me transformar num objeto, silencioso, que não sinta, ou então, sinta silenciosamente. Porque eu sei como é ruim sentir silenciosamente. Tenho vontade de gritar para o mundo o quanto está doendo. O quando o coração está parecendo ficar menor, à cada segundo que passa, à cada lágrima derramada. E eu repito: vai passar… já não dói mas aquele tanto. Agora dói, quer saber? parece a pior coisa do mundo, mas quando passar, isso se tornará apenas uma lembrança negra. Mesmo que esteja doendo, mesmo que o meu rosto esteja cheio de lágrimas, mesmo que o coração esteja menor, mesmo que pareça que eu levei uma surra, vou levantar a cabeça e assistir tv , tomar um refrigerante, ouvir uma música, passear, correr, ou qualquer coisa que me destraia e vai parar de doer, vai passar porque eu gosto de pensar que na vida, você tem que apanhar mesmo, porque ela ama ser a grande vencedora, te derrotar, te derrubar, mas, no fim, você vai ser a grande lutadora de verdade, só pelo simples fato de ter tentado, de ter ficado feliz e triste, de ter caído e levantado, de ter sorrido e de ter chorado, e mesmo assim, cá estou eu, de pé, vivendo. “É melhor viver do que ser feliz”.