terça-feira, 17 de abril de 2012


Não é fácil dizer adeus. E não é como se eu quisesse pronunciar essas palavras, não é como se eu quisesse continuar nessa estrada lembrando de ti no meu passado. É mais como se eu precisasse um pouco de mim agora. Talvez você esteja tão minuciosamente cansado e quebrado quanto eu. Não sei ao certo se estou sendo coerente com as palavras, se estou as escolhendo certo, mas você sabe, eu sempre tento o melhor. E esse pode ter sido meu maior erro: Ter me esforçado tanto para o melhor no futuro, e não concertar os buracos do presente. Esta noite eu chorei como no primeiro dia. Chorei porque te deixar é tão doloroso, mas eu preciso continuar. Você sabe, é como uma chama em mim que grita sempre me mandando ir embora nos créditos finais. Ir embora e não olhar para trás. Você já sabe, me perco nas palavras, mas não é proposital; tanto sentimento guardado me deixa apressada para coloca-los para fora, para expulsa-los de mim. O que você sentiu quando me viu chorar por você? O que você sentiu quando me viu explodir de ciúmes? Eu senti dor. Todos os dias, todas as noites, e não há nada que eu possa fazer. Amanhã quando eu acordar, a dor ainda vai estar aqui. Queria poder te dizer tudo o que eu venho pensando, e todas as vezes que imaginei que não te amasse, que era tudo carência. Que era apenas o meu egoísmo te pedindo pra não ir embora como os outros, mas não. Não é egoísmo. Eu estou indo embora, estou indo para te ver feliz. Para que tu possas suspirar relaxado sem ter que aguentar minhas bobagens de adolescente. Me perdoa pelos erros, pelas coisas não ditas, e pelas ditas também. Me perdoa por não saber te amar de uma forma melhor, eu queria que tivesse dado certo. Mas não deu. Essa é a ultima vez que eu escrevo pra você, que penso sobre meus sentimentos por você, que penso em nós. Prometo. Mas não prometo esquecer o que tu foste pra mim. Eu amei você, e ainda amo. Se cuida, amor.